Quando acabei o colegial, diferente da grande maioria dos meus amigos, eu ainda não sabia ao certo o que seguir na carreira profissional. Não me sentia segura das matérias que eu havia escolhido para prestar no vestibular, mas me sentia na obrigação de entrar numa faculdade, pois era o que todos faziam quando acabavam o colégio. Depois de muita conversa com meus pais, decidimos juntos que eu não precisava seguir o mesmo caminho no qual todos seguiam. Era sabido que eu não estava pronta, ainda não. No final do terceiro colegial, a escola nos apresentou o Programa Masa, que organiza viagens com a duração de 10 meses pra Israel. Sem pensar duas vezes, fui saber mais detalhes do programa e se eu me encaixaria nele. Dentre todas as escolhas que eu poderia fazer no final daquele ano, eu escolhi viajar. Escolhi ter o meu ano “sabático”. Ano em que eu seria dona do meu tempo, sem ninguém me dizendo o que precisava ser feito. Tempo para rever meus horizontes, cultivar o espírito, me entender melhor. Segura de minha decisão, fui passar os melhores dez meses, até agora, da minha vida em Israel, no programa Shnat da Shaarei Biná, uma casa de brasileiras. Impossível resumir aqui o que esse ano significou pra mim. Aprendi muito, com as pessoas, com as situações. Vi o quanto eu tinha uma ideia errada sobre Israel, sobre a religião, sobre as religiões. Pude ver a tamanha diversidade que existe num mesmo lugar, com tantas culturas e idiomas.  Tive também o privilégio de presenciar a guerra entre o Estado de Israel e a Faixa de Gaza. Momento tenso, mas de muito aprendizado. Por dentro de mim, uma guerra também havia se iniciado: precisava entender como se davam as relações políticas de Israel, para então poder tentar entender o porquê deste novo conflito. Após muitas reflexões fui signatária de uma resolução de paz interior “de mim para comigo mesma”. Descobri que, o estudo das Relações Internacionais seria o meio para a total compreensão e defesa de meu povo: o povo judeu. Pronto, no final do ano, eu estava com os meus objetivos cumpridos. Conheci muita coisa nova, inclusive uma Ana que eu não conhecia. Uma Ana sionista, interessada em ajudar o próximo e alimentada espiritualmente através da religião.  Sem dúvidas, esses dez meses foram necessários para ajudar a construir pilares para o que me aguarda no futuro. Futuro que por sua vez, será construído se D’us quiser, em Israel. Agora me sinto pronta. Agradeço a oportunidade, e espero que muitos possam fazer o que eu fiz. Ana Brinstein. Programa Shnat Shaarei Bina.

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