Muita gente já cansou de ouvir por aí. “Israel é referência mundial quando se fala de empreendedorismo em inovação tecnológica. Além de ser um estado judeu democrático, deve ser lembrado também como uma nação empreendedora”.

Desde que cheguei aqui no começo do ano para trabalhar em uma aceleradora de Startups (pequenos empreendimentos com potencial para serem grandes negócios) também sabia disso, mas admito que de certa forma acreditava que havia um certo exagero nessa colocação, achava que talvez fosse um pouco “sionista demais” de minha parte carregar esta informação sem de fato entender o “como” e o “por que” Israel deve ser considerada uma nação empreendedora, além de achar que isso é verdade somente em função de alguns casos de sucesso:  Waze, ICQ e o pen drive por exemplo. No entanto, bastaram dois meses para entender isso muito bem e se encantar com a atmosfera proporcionada por esse setor aqui em Israel.

Nosso pequeno escritório fica localizado na cidade de Modi’in em um canto isolado que lembra vagamente a região do Silicon Valley nos EUA. Trata-se de um galpão que foi todo reformado para sediar o MESH (Modi’in EntrepreneurShip Hub), o que seria algo como um grande campus de Startups, com espaço para sediar centenas de negócios onde os empreendedores podem alugar mesas, salas de vários tamanhos e compartilhar com as outras empresas espaços em comum, como salas de reuniões e videoconferência, copa, sala de descompressão, etc. Tudo isso foi criado com o intuito de formalizar um polo de alta tecnologia em Israel.

Startups são empresas pequenas com no máximo trinta funcionários, sendo a maioria dos empreendedores jovens entre vinte e cinco e trinta e cinco anos formados na área da tecnologia da informação. Em função disso é possível sentir uma atmosfera vibrante. Todos trabalhando descontraidamente, mas com muito foco em inovação.

Uma reunião com uma nova empresa para mim é sempre uma grande surpresa, “o que será que inventaram dessa vez?”. Não posso dizer que já vi de tudo, porque sempre que penso isso aparece uma ideia inovadora. Lembrando que no caso aqui estamos falando de empresas que já estão em um estágio bastante avançado. Tudo o que voce pode ou não pode imaginar quando se fala em tecnologia acontece por aqui: Cloud computing, Business Intelligence, CleanTech, infinitos Aplicativos, soluções em pricing para e-commerce ou tudo isso misturado. Por exemplo, há uma empresa que criou um sistema de luz solar pelo qual você compra a quantidade de eletricidade a ser utilizada de um aplicativo para Android e iOS. É interessante perceber que a Tzavá, o exército israelense, tem grande influência nisso tudo. Grande parte dos CEO dessas Startups são engenheiros que tiveram experiência em unidades de elite do exército israelense, voltadas para tecnlogia e telecomunicações. Outro fato curioso são os nomes dos empreendedores, a maioria deles começam com a letra Y (Yaniv, Yair, Yuval, Yehoram, Yossi, Yonathan, etc). Talvez seja isso que querem dizer quando falam em geração Y.

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